Wednesday, April 27, 2016

Autor das comics e diretor da série de TV falam em mostrar casal "Flutterdash" em MLP

Venho deixar registrada aqui essa notícia que está repercutindo MUITO em grupos internacionais, até porque já foi tema de outros tópicos por aqui, mas agora aparece pela primeira vez estão DANDO NOMES ESPECÍFICOS DE PERSONAGENS, e, por sinal, as duas personagens que sempre mencionamos antes.

A questão é que, uma coisa que já acontece em animações japonesas há décadas, e em animações ocidentais ainda é tratado como "novidade surpreendente", uma relação amorosa entre personagens de mesmo sexo. Outras séries de cartoons como Meninas Super Poderosas (nova versão) e Steven Universe já andam se manifestando representando todos tipo de personalidade possível, incluindo representação LGBT, até pra corrigir injustiças do passado, e My Little Pony nesse sentido, sempre se declarou disposto a mostrar todas as facetas femininas, como dito numa declaração da criadora da série, Lauren Faust em 2010: "Minha versão de My Little Pony será contra homofobia e contra qualquer tipo de preconceito."

Mesmo com essa disposição, ela nunca havia mencionado nomes e a série ainda parecia limitada devido ser uma marca da Hasbro, havendo muito controle sobre os autores. De lá pra cá muita coisa aconteceu, Lauren Faust se afastou da série devido a atritos com executivos por não darem a liberdade que ela queria em vários temas, mas o atual diretor Jim Miller, e a sua substituta, Meghan McCarthy, veem Lauren como uma mestra e querem seguir seus ideais.

A questão que mencionei no título da postagem começou num evento nos Estados Unidos, onde houve um debate sobre o assunto, e Jeremy Whitley (um autor das comics) apontou o aspecto representativo da série, e que ele não se surpreenderia se em algum momento eles pudessem mostrar Rainbow Dash e Fluttershy como um casal de forma aberta ao invés de meras referências interpretativas. A discussão continuou no twitter e um usuário, tentando separar ideias da comic e do cartoon, jogou a questão pro diretor da série de TV, Jim Miller, que prontamente concordou com o autor das comics.



  Anteriormente em MLP o que vimos foi as personagens Lyra e Bonbon sendo bem disfarçadamente tratadas como um casal, ainda assim são personagens sem grande relevância na série.
"Lyrabon", bonitinho mas apenas backgrounds.

Especificamente, Fluttershy e Rainbow são mencionadas por conta da história das duas juntas ser mais aberta pra esse contexto. Dentro do grupo de personagens protagonistas, essa questão pode ser bem melhor explorada, além de atingir o que a autora sempre quis, uma quebra de preconceitos, mostrar que você é admirável por ser quem você é. 

Alguns momentos especiais.
Mas óbvio que estamos falando de MLP, esse tipo de decisão não pode ser tomada facilmente como em outras séries, porém, já pode ser considerado um grande avanço terem falado assim de forma aberta e dando nome aos bois (ou cavalas :P ), sinal que eles já tem essa visão sobre determinados personagens, só é uma pena que o lado comercial esteja deixando MLP atrasado em relação as outras séries.





14 comments:

  1. Lembro de ter visto no youtube a Faust anunciando a respeito da liberdade sexual, mas apesar da serie cer boa, eu nunca vi nenhuma menção direta, essa conversa aberta pode vir a ser o que a Faust queria mesmo que em uma escala menor, não sou um grande fã de casais homo afetivos, mas todos temos que ter mente aberta para sermos recebidos pelo futuro.

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    1. A situação até agora em MLP era de deixar no ar, nunca afirmar, dar sugestões de que poderia ser ou não de acordo com a sua interpretação, mas isso era em 2010. Hoje nós temos cartoons que falam de maneira mais aberta como os animes já fazem desde os anos 80 ou antes. (pra ver como a gente tá atrasado culturalmente). Ou seja, MLP que quando começou tinha um ar moderno, hoje parece atrasado em relação a outras séries. Acredito que a iniciativa partiu dessa ideia.

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    2. Mas também tem seus riscos, na minha opinião, um casal homo afetivo, seja entre as mane 6 ou pôneis de fundo , devia ter aparecido na primeira temporada, na segundo no minimo, mas os fãs ( sejam os que apoiam ou são contra ) podem não gostar dessa ideia vir justa agora depois de tanto tempo.

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    3. Não ia aparecer na primeira temporada porque em 2010 as coisas ainda estavam muito fechadas nesse sentido, além da questão Hasbro. Acredito que muito disso tenha vindo da boa repercussão em A Lenda de Korra, e as alguns desenhos estão sendo agora ainda mais abertos como Steven Universe que já faz as coisas no mesmo estilo que os animes sempre fizeram

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  2. Isso vai dar muita treta até que enfim possamos ver essas cenas abertamente nessa série animada. Há um desenho que trata desse assunto no Cartoon Network, mesmo que de forma meio "disfarçada": Steven Universo. Segundo consta, Rubi e Safira são personagens assexuadas, assim como qualquer outra Gem. Porém, elas assumiram a forma feminina e são parceiras amorosas assumidíssimas.

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    1. A autora deixa bem claro a relação delas, é até mais claro que Uranus e Netuno em Sailor Moon, e olha que a autora de Sailor Moon fala pra quem quiser escutar que são namoradas mesmo. O mais legal nisso é que Rubi e Safira são personagens no mesmo estilo de Rainbow e Fluttershy

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    2. Eu me amarro na relação de Rubi e Safira, é algo tão bonitinho, e completamente normal, não dá nem pra estranhar. Os episódios da 2ª Tempoarda "Motel Kestone" e "A Resposta" (ainda não exibido no Brasil) deixa bem evidente isso.

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    3. E eu digo "disfarçada" é pq se pararmos para o observar, Rubi não parece tanto uma menina, mas sim, um menino. Provavelmente fizeram isso para não assustar os milhares de fãs infantis que a série animada tem.

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    4. Não é esse o motivo, até porque a ideia da representação é exatamente o contrário disso. Garotas com jeito de garotos e garotos com jeito de garotas são normalmente personagens bem populares no meio oriental, e isso está se refletindo no ocidente também, a Rubi e a Rainbow Dash são dois exemplos claros disso. O objetivo é óbvio, mostrar que essas pessoas existem, elas são assim desde sempre porque faz parte do que elas são. No caso da Rainbow que tem quase um status de celebridade, isso é ainda melhor porque bota em cheque os mais preconceituosos, tipo, "como aquela garota que eu acho tão diferente pode ser tão legal" ou algo assim.

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  3. Uma iniciativa um tanto inovadora, devo dizer. No início, não levava muita fé nesse tipo de representação, pensava que ia ficar tudo resumido em estereótipos passando uma péssima mensagem para as crianças (vide o siri bailarino de Meninas Super poderosas). Quando comecei a ver como, DE FATO, eles retratavam essa parcela homossexual,revi meus conceitos. Tem muito personagem bem estruturado que é gay: Rubi e Safira, Korra e Asami, Urano e Netuno, Afrodite e Máscara da Morte (esse último é hétero, mas mesmo assim...), e claro, Rainbow Dash e Fluttershy.
    Só tenho uma dúvida: como eles pretendem exatamente fazer Flutterdash ficar mais "explícito"?

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    1. Acho que o caminho é como no Steven Universe mesmo. A edição 18 da Friends Forever foi praticamente isso, tem um beijinho implícito ali e uma frase idêntica ao eu te amo da princesa leia e do han solo em star wars -> http://sonic-tales.blogspot.com.br/2015/10/my-little-pony-friends-forever-18.html

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  4. Até aí não vejo nenhuma novidade quanto a isso, um exemplo disso é do relacionamento entre Marceline e a Princesa Jujuba do desenho Hora de Aventura e até em jogos de videogame como o RPG indie Undertale onde mostra um relacionamento entre as personagens Undyne e Dra Alphys e elas chegam a quase a se beijarem pra quem já jogou.

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    1. É porque ainda é visto como novidade em produções censura livre do ocidente. E no caso de My Little Pony é uma produção de uma empresa idosa comparável a Nintendo, por exemplo. Essas empresas assim costumam demorar a se acostumar com novas demandas. Porém, até mesmo a Nintendo andou colocando casais de mesmo sexo no seu sucesso mais recente, Fire Emblem Fates.

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    2. Agora a amy tem que ficar com o sonic a sega tem que deixar isso acontecer

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