Sonic, Mega Man e My Little Pony traduzidos para o português!

Sonic pertence a SEGA. Mega Man pertence a CAPCOM. My Little Pony pertence a HASBRO. Quadrinhos de Sonic e Mega Man por Archie Comics. Quadrinhos de My Little Pony e Sonic por IDW Publishing.
Friendship is Magic Mangá por Mauroz. Doki Doki Harmony por Ryuma Mikado.
Para outros conteúdos: Monstratas Modernas por Han Yang. WPS Paródias por Wooden Plank.

Wednesday, April 27, 2011

Sonic CD

 


Pro­du­zido por outro time pouco tempo depois de Sonic 2, Sonic CD che­gou um ano depois as lojas em todo mundo. O jogo foi lan­çado para o drive de CD-ROM de Mega Drive, o Sega CD, um console/acessório que nunca gozou de muita popularidade.


Todas as séries gran­des, sem­pre aca­bam ganhando um “irmão esqui­sito”, den­tre os conhe­ci­dos estão vários títu­los com o número 2: Super Mario Bros. 2, Zelda  Adven­ture of Link, Final Fan­tasy 2, Cas­tle­va­nia Simon’s Quest… e o irmão esqui­sito da série clássica de Sonic é este.




[caption id="attachment_945" align="aligncenter" width="540" caption="estas máquinas devem ser destruídas para limpar as zonas"][/caption]

A Pro­du­ção - Com o pro­ble­má­tico Yuji Naka e os mais impor­tan­tes mem­bros do Sonic team tra­ba­lhando nos Esta­dos Uni­dos, o time da SEGA do Japão ten­tou criar um jogo do Sonic sem seus prin­ci­pais pla­ne­ja­do­res e pro­gra­ma­do­res. Do time ori­gi­nal de Sonic 1, só estava pre­sente Naoto Oshima, o cri­a­dor dos per­so­na­gens. Ini­ci­al­mente, Sonic CD seria Sonic 2, e seria adap­tado para todos os con­so­les da SEGA, incluindo os de 8 bits (tal­vez isso expli­que a música do Sonic CD na Green Hills no Sonic 2 de Mas­ter).  Mas, durante o desen­vol­vi­mento o jogo seguiu um cami­nho dis­tinto e mudou de nome para CD Sonic e no final Sonic the Hed­gehog CD.


Roteiro - Dessa vez, o local da aven­tura se chama Never Lake. Uma vez por ano, um pequeno pla­neta fica visí­vel nos céus de Never Lake, e neste pla­neta estão escon­di­das sete gemas cha­ma­das Pedras do Tempo, capa­zes de qubrar as bar­rei­ras do pas­sado e do futuro. Sacou a seme­lhança? Dis­posto a con­ti­nuar sua busca malé­fica por poder Dr. Egg­man Robotnik ini­cia seu ata­que a Never Lake, mas devido ao pequeno número de ani­mais no local, ele resolve usar flo­res(?!?!) como fonte de poder de seus robôs.




[caption id="attachment_946" align="aligncenter" width="540" caption="Metal Sonic sequestrando Amy"][/caption]

Sonic, sabendo o que está acon­te­cendo na região, parte para sua heróica mis­são. Na sua cola, segue Amy Rose, sua fã nº.1, uma garota ouriço de ape­nas 12 anos que tam­bém está apai­xo­nada pelo herói. Egg­man per­ce­bendo a pre­sença da pequena manda sua malé­fica imi­ta­ção de Sonic, o Metal Sonic, usá-la como isca para que Sonic não atra­pa­lhe seus planos.


Sobre o Jogo - Gra­fi­ca­mente o jogo lem­bra demais Sonic 1, parte dos spri­tes foi rea­pro­vei­tado de lá, assim como a joga­bi­li­dade. O jogo se divide em 7 zonas:

  • Palm­tree Panic — Estilo Green Hill

  • Col­li­sion Chaos — Uma cidade, estra­nha­mente cheia de flip­pers de pin­ball e bolhas.

  • Tidal Tem­pest — Estilo Labirinth

  • Quartz Qua­drant — Uma caverna toda for­mada por pedras de quartzo

  • Wacky Work­bench — Uma das mais difí­ceis fases do jogo, uma fábrica cheia de pla­ta­for­mas que fazem Sonic sal­tar extre­ma­mente alto, dei­xando tudo confuso.

  • Star­dust Spe­edway — Uma pista de cor­rida notur­na, ­onde acon­te­cerá o desa­fio de velo­ci­dade de Sonic e Metal Sonic para liber­tar Amy

  • Metal­lic Mad­ness — A base de Eggman.


[caption id="attachment_947" align="aligncenter" width="540" caption="pra quem tem pavor de fases de águas, o chefe dessa é dentro dela"][/caption]

 

Mas há uma novi­dade maior durante as fases, são as pla­cas de via­gem no tempo que são aci­o­na­das girando-as e ace­le­rando Sonic o máximo que puder. Cada zona tem 3 fases, e, para con­se­guir lim­par as zonas, Sonic deve ir até o pas­sado dessa zona nos dois pri­mei­ros atos e pro­cu­rar uma certa máquina e destruí-la. Fazendo isso, a zona 3 será o des­tino defi­ni­tivo da Zona, e estará limpa ou total­mente poluída de acordo com o resul­tado da busca pela máquina. O inte­res­sante é que o visual e estru­tura das fases varia de acordo com a época em que se está jogando, assim como a tri­lha sonora. Mas isso nos leva ao pri­meiro con­tra do jogo, onde as fases mui­tas vezes tem sua estru­tura feita de forma bizarra, com itens pre­sos nas pare­des com a mudança tem­po­ral, com o Sonic sendo jogado de uma lado para ou outro de forma sem sen­tido e mui­tas vezes com as fases pare­cendo mal pla­ne­ja­das prin­ci­pal­mente se com­pa­rar­mos a ver­sões anteriores.


Mas, para man­ter as zonas lim­pas defi­ni­ti­va­mente, além de des­truir as máqui­nas  é pre­ciso ter todas as jóias até o fim do jogo. Como em jogos ante­ri­ore, o Spe­cial Stage está lá para isso, mas entra­mos no fator bizarro mais uma vez: aqui seu obje­tivo é des­truir dis­cos voa­do­res (?!?!) num ambi­ente semi-3d. É um tanto difi­cil cal­cu­lar o pulo de Sonic para des­truir os dis­cos, vai ser neces­sá­rio muita prá­tica. Atente que quando Sonic pisa na água o tempo começa a ace­le­rar e o Spe­cial Stage vai se per­dendo muito rápido.


 




[caption id="attachment_948" align="aligncenter" width="540" caption="Special Stage"][/caption]


Polê­mica na Tri­lha Sonora - Como expli­car isto? A tri­lha sonora do jogo na aber­tura, nas vinhe­tas e  nos tem­pos pre­sente e futuro foi com­ple­ta­mente modi­fi­cada da versão americana pra nipônica. Vamos por partes -

Ver­são Japo­nesa — Aqui a tri­lha sonora foi assi­nada por Nao­fumi Hataya e Masa­fumi Ogata que tem diver­sos tra­ba­lhos inte­res­san­tes den­tro da pró­pria SEGA, jogos como Nights e Ris­tar são alguns dos tra­ba­lhos deles. As músi­cas dos vídeos de aber­tura e encer­ra­mento ” You Can Do Anything” e “Cos­mic Eternity(Believe in Your­self)” são can­ta­das pela can­tora de J-Pop Keiko Utoko e sua banda “Mi-ke” que mis­tura J-Pop com hiphop . A banda par­ti­ci­pou tam­bém do game de sucesso musi­cal da Enix “Bust a Gro­ove”, e no anime “Hamlin’s Vio­li­nist”. SONIC CD, ver­são japo­nesa é uma belís­sima tri­lha sonora que faz juz a qua­li­dade musi­cal de toda a série Sonic. A versão européia manteve a trilha sonora japonesa.


Ver­são Ame­ri­cana - Aqui a coisa não fica tão legal assim. A tri­lha sonora, exc­luindo as fai­xas do pas­sado, foi toda modi­fi­cada por Spen­cer Nil­sen, res­pon­sá­vel pela tri­lha sonora dos jogos do gol­fi­nho Ecco, e de algu­mas mar­cas licen­ci­a­das como Bat­man Returns e Juras­sic Park. Spen­cer fez um sound­track com algu­mas fai­xas inte­res­san­tes, mas mui­tas vezes não com­bi­nam com a fase que foi pla­ne­jada e fogem muito do estilo musi­cal da série. As músi­cas can­ta­das fica­ram por conta da banda Pas­ti­che, Sandy Cres­s­man, Jenny Melt­zer e Becky West que fize­ram a mesma música com arran­jos dife­ren­tes para aber­tura e encer­ra­mento, “Sonic Boom”, que é uma faixa um tanto repetitiva.


 Con­clu­são - Como foi men­ci­o­nado, o SEGA CD nunca foi muito popu­lar, e este foi o prin­ci­pal motivo do Sonic CD ter se tor­nado um título “under­ground”. Mesmo assim, os títu­los da série Lunar e este Sonic CD estão entre os mais conhe­ci­dos e que­ri­dos jogos do console/acessório. O jogo pode ter falhado em alguns aspec­tos, mas cum­priu seu papel de ser uma genuína con­ti­nu­a­ção do Sonic ori­gi­nal, espe­ci­al­mente jogando a ver­são japonesa.


Curi­o­si­da­des


  • A qua­li­dade de repro­du­ção de vídeo do SEGA CD não era grande coisa, e os fil­mes de aber­tura e encer­ra­mento, fei­tos pela TOEI Ani­ma­tion, fica­ram com bai­xís­sima qua­li­dade. Para o relan­ça­mento do jogo nos con­so­les de 128 bits, os videos man­ti­ve­ram a qua­li­dade ori­gi­nal da TOEI e foram remasterizados

  • O manual de ins­tru­ções da ver­são ame­ri­cana tam­bém sofreu diver­sas modi­fi­ca­ções, usando nomes de locais e per­so­na­gens do car­toon de Sonic, por exem­plo Amy Rose virou Prin­cesa Sally, mas a aparência da personagem não foi modificada.

  • Tails não apa­rece no jogo, mas há um tru­que para ver ima­gens dele

  • Comercial e vídeos:








 



Monday, April 25, 2011

Ficha Técnica – Delegado Remington


Nome:  Remington, da família Dimitri
Raça: Équidna Mobiano
Título: Delegado
Cor:  Marrom
Olhos: Azuis
Parentes:  Kragok (pai), Moritori Rex (Tataravô), Luger (avô), Merin-Da(avó), Mari-Su(avó adotiva), Julie-su(tia), Lien-da(tia)
Filiações: Time de Segurança Équidna
Habilidades: combate(básico), uso de armas
Além de ser o delegado responsável pela segurança de Equidnápolis, Remington é o único que mantém contato direto com a Irmandade dos Guardiões do Haven. Após Enerjak assumir a liderança da legião sombria, Remington prendeu Kragok, sem suspeitar de que se tratava de seu próprio pai, fato que foi divulgado apenas em 2002 pelo autor Ken Penders, numa sala de bate papo on-line. Como delegado, é descrito sendo honrado e dedicado, sempre colocando a seguranças dos outros como prioridade.

Tuesday, April 19, 2011

Sonic the Hedgehog 2 Master System



Em 1992, a SEGA continuava dando suporte ao Master System, mesmo não obtendo bons resultados no mercado principal. Isto implicou que Sonic 2 de 8bits só acabou sendo lançado no Brasil e Europa, e o público Japonês e Americano acabou conhecendo o jogo apenas pela versão de Game Gear.

Seguindo os passos do Sonic 1, uma versão de 8 bits foi encomendada, e dessa vez foi lançada poucos meses ANTES da versão de Mega Drive. Assim como o anterior, é um jogo totalmente diferente do con­sole de 16 bits. O Sonic 1 do Master ainda tentava man­ter algumas semelhanças com o de Mega, tendo por exemplo, algumas zonas em comum. Porém essa versão não há nada do Mega Drive, além da presença do Tails, que nem é um personagem jogável aqui. O porque deles não usaram o garoto raposa, nunca saberemos, mas a desculpa usada foi esta: South Island estava em paz desde a derrota do Dr. Eggman. Para o nosso amigo caçador de aventuras, Sonic, estava tudo um tédio, então ele resolve partir em busca de alguma aven­tura radical. Ao retornar ele encontra a Ilha praticamente abandonada, e a única pista que encontra é uma nota deixada pelo seu amigo Miles Prower, o “Tails”. A carta dizia que Eggman havia sequestrado o garoto e o preço do resgate seriam as esmeraldas do caos, a serem entregues em um local chamado Crystal Egg.

No Sonic 1 de Master, raramente apareciam rotas alternativas e áreas que aumentavam mais ainda a sensação de velocidade, como tubos de velocidade, ou os famosos loopings. Essas foram algumas das melhores coisas que trouxeram nesta versão, mesmo os loopings não sendo perfeitos. Seu personagem também ganhou um pouco mais de velocidade, o que é um grande feito para um jogo de Master System. Os cenários também estão bem variados, e são 7 zonas dessa vez. Vale destacar também que cada fase foram colocados objetos para interação, como carrinhos de minas, asa-deltas, bolhas (usando como transporte), dentre outros. Estes objetos podem dar mais impulso a Sonic, ou levá-lo a áreas impossíveis de serem alcançadas a pé.

Mas nem tudo são flores, os cuidados com os novos elementos acabaram trazendo descuidos que nem a primeira versão tinha. Começando pelos inimigos, eles conseguiram aumentar a quantidade de inimigos no cenário, mas em compensação a variedade é muito pouca para a quantidade de fases. O mesmo acontece com os itens, como o escudo protetor e o check point deixaram de existir. Outra coisa que sumiu foi o Special Stage, algo tão típico da série que, infelizmente aqui foi deixado de lado.

O desafio também aumentou, apesar de alguns momentos isso ser uma coisa legal, há outros que o controle parece mal planejado como na asa delta na segunda fase Sky High, que para quem quiser completar o desafio das esmeraldas pode acabar sendo frustrante, pois ela está no topo das nuvens. Há ainda um aspecto que alguns vão considerar uma melhoria e outros uma piora: na conversão de Game Gear, a tela menor acabou cortando parte do cenário, e alguns inimigos acabam ganhando o fator surpresa.

Houve uma piora no soundtrack do jogo. O grande Yuzo Koshiro não seguiu na trilha, sendo substituído por dois compositores completamente desconhecidos: Ray e Simaghan. Não há registros desses compositores em outros jogos. De qualquer modo há algumas faixas interessantes.

Este pode não ser um grande jogo, nem é muito relevante para a carreira do personagem, mas é certo que muita gente se divertiu com ele na época. Pra quem não conhece, vale uma jogada, é um jogo até divertido, mas tenha em mente que é um título despretencioso se comparado aos anteriores.


Curiosidades:



  • Estra­nha­mente Tails apa­rece nos dese­nhos de intro­du­ção das fases(ele não estava sequestrado?!)

  • Metal Sonic tam­bém está pre­sente neste jogo.

  • Este é o único jogo em que Dr. Egg­man só apa­rece como chefe na última zona. Em todas as outras você enfren­tará como chefe ani­mais robôs.

  • A Música da fase Green Hills é o tema da ani­ma­ção de aber­tura de Sonic CD.

  • A ver­são de Game Gear dessa vez não foram alte­ra­das estru­tu­ras dos cená­rios, é pra­ti­ca­mente a mesma do Mas­ter System.

  • O final ruim do jogo(não achando todas as esme­ral­das) insi­nua que Tails foi morto.

  • Comercial brasileiro:






Monday, April 18, 2011

Ficha Técnica – Enerjak


Após usar seu dispositivo chamado "cifão do caos", o cientista Dimitri absorveu a energia do caos de 11 esmeraldas. A primeira impressão que se pode ter de Enerjak, é que o cientista  adotou esta identidade, mas seria um engano. Enerjak é uma entidade malígna que sempre precisa de um hospedeiro com um grande poder para controlar! Todo aquele que se torna Enerjak, não deve ser sequer considerado um mobiano, mas a encarnação de um deus. Após o seu surgimento, Enerjak fez vários de seus ex-companheiros e seu irmão Edmond reféns em sua torre. Os eventos acabaram por fazer as formigas de fogo intervirem, derrubando a torre e enterrando Enerjak. Porém, o seu poder equivalente ao de um deus, permitiu que Enerjak continuasse vivo, ficando cada vez mais louco e adquirindo mais conhecimento, vindo a ressurgir em uma geração futura, para, em nome de seu ideal, derrotar o atual guardião, Knuckles, e dominar todo o planeta Mobius!

Armadura: A roupa azul, combinada com a armadura dourada, era utilizada por antigos generais, segundo a cultura dos équidnas mobianos.

Poderes: larga escala de habilidades derivadas da força do caos(quase infinita), imortalidade, alteração da realidade;

Monday, April 11, 2011

Ficha Técnica – General Stryker


Nome: Helmut Von Stryker
Título: General
Raça: Dingo Mobiano
Cor:  Marrom
Parentes:  Kage Von Stryker (filho)
Filiações: Regime dos Dingos
Habilidades: Força Física, Inteligência, Liderança
Acessório: Manopla do Poder
No passado, uma guerra entre as raças dos équidnas e dingos mobianos, terminou com um ataque nuclear, obrigando o guardião Hawking a enviar os dois povos para diferentes dimensões. Após Sonic e Robotinick terem sua última batalha, quando o cientista acionou sua arma, o "Aniquilador Final", fez com que o planeta fosse atingido por um grande desiquilíbrio dimensional, trazendo assim os dingos e os équidnas de volta, e novamente, convivendo juntos. Stryker é o general  do regime dos Dingos, descrito como violento e orgulhoso, mesmo assim, é uma figura que adquiriu respeito pela sua atuação como líder.

Monday, April 4, 2011

Sonic the Hedgehog 1 - Master System


Este é um sím­bolo da época em que as softhou­ses tinham a “obri­ga­ção” de ser repre­sen­ta­das por um mas­cote. Super Mario estava lá no topo imba­tí­vel, e a SEGA tinha ten­tado sem sucesso empla­car jogos do Alex Kidd para ser o mas­cote ofi­cial da empresa. Ape­sar da apro­va­ção pelos donos de Mas­ter, o pobre Alex não che­gou nem perto dos núme­ros de Super Mario.


Pro­va­vel­mente o pro­blema prin­ci­pal não fosse o Alex, mas sim o Mas­ter Sys­tem. Nós aqui no Bra­sil não nota­mos na época, mas o con­sole de 8 bits nunca con­se­guiu se tor­nar um grande hit no mer­cado prin­ci­pal, leia-se Japão e Esta­dos Uni­dos. Ape­nas no Bra­sil e em alguns paí­ses da Europa o con­sole con­se­guia ven­der bem. O Mega Drive sur­giu em 89, menos de três anos depois do lan­ça­mento do Mas­ter, para ten­tar con­quis­tar parte do mer­cado domi­nado pelo Nes. Para a SEGA, feliz­mente o Mega Drive fez sucesso e seu sím­bolo maior sur­giu em 91 com o lan­ça­mento de Sonic. Final­mente a SEGA con­se­guia um jogo e um mas­cote que com­pe­tia dire­ta­mente com Mario.



Mesmo com seu Mega Drive fazendo sucesso,a SEGA se sen­tiu na obri­ga­ção de dar suporte aos fiéis fãs do Mas­ter Sys­tem por mais algum tempo.


A solu­ção pra ten­tar tam­bém levan­tar a moral do Mas­ter foi ten­tar tra­zer jogos que já eram sucesso no Mega em ver­sões mais sim­ples. Assim vie­ram ver­sões de 8 bits de Alte­red Beast, Gol­den Axe, Stri­der, Cas­tle of Illu­sion, Moonwal­ker, e claro Sonic the Hed­gehog. A mai­o­ria das séries conhe­ci­das, nas­ce­ram no 8 bits para depois “evo­luir” pra 16 bits, mas com Sonic foi ao con­trá­rio, pou­cos meses depois do lan­ça­mento no Mega já estava che­gando para Master.


Na teo­ria é o mesmo jogo do Mega Drive, na pra­tica é algo total­mente novo. O roteiro não mudou, Sonic é um jovem ouriço huma­nóide de 16 anos, um herói que nas­ceu com o dom da super velo­ci­dade. Ele vive numa ilha cha­mada South Island, ape­nas com os ani­mais da fauna local. Um dia, um vilão cien­tista polui­dor, Dr.Eggman, resolve  ter poder sobre o maior mis­té­rio da ilha, as esme­ral­das do caos, uma fonte de poder ini­ma­gi­ná­vel.




[caption id="attachment_834" align="aligncenter" width="497" caption="Welcome to the Jungle!!!"][/caption]

Para isso ele resolve criar um exér­cito de robôs, e usa como fonte des­ses robôs,  inde­fe­sos ani­mais. Para sal­var seus ami­gos e ainda des­po­luir toda South Island, Sonic parte numa busca pelas len­dá­rias esme­ral­das do caos, escon­di­das ao longo das 6 zonas.



Com­pa­ra­ção das Versões


O jogo se divide nas 6 zonas da ilha, 3 já são conhe­ci­das do jogo do Mega, Green Hill, Labi­rinth e a fábrica de Egg­man, Scrap Brain. As zonas exclu­si­vas do jogo de Mas­ter são Bridge, Jun­gle e Sky Base. Sem­pre no final de cada zona o cien­tista estará espe­rando para enfren­tar Sonic, cada vez com uma máquina dife­rente.



Obvi­a­mente, a explo­ra­ção das fases que era um dos des­ta­ques na ver­são de Mega teve que ser sim­pli­fi­cado. No Mega, enquanto cada fase tem duas ou três rotas dife­ren­tes pra se che­gar a saída, aqui só há um cami­nho a se seguir, ape­nas na fase Labi­rinth há duas opções de cami­nho. E ainda, a ter­ceira parte da zona nesta ver­são só há o Dr. Egg­man para enfren­tar, enquanto no Mega Drive sem­pre é uma fase completa.


Os ini­mi­gos tam­bém tem dife­ren­ças, no Mas­ter Sys­tem a quan­ti­dade e o tama­nho deles dimi­nuiu con­si­de­ra­vel­mente, e alguns se tor­na­ram muito len­tos como o caran­gueijo da Green Hill. Quando Sonic era atin­gido pelos ini­mi­gos ele per­dia as RINGS e pode­ria recu­pe­rar algu­mas que se espa­lham. Já nessa ver­são isso não é pos­sí­vel, per­der as RINGS sig­ni­fica ficar total­mente inde­feso. Em rela­ção as RINGS, tam­bém não é pos­sí­vel acu­mu­lar mui­tas nessa ver­são, após che­gar a 99 elas retor­na­rão a zero.


Pouco tempo depois o jogo foi con­ver­tido para Game Gear, mas algu­mas fases tive­ram a estru­tura refor­mu­lada para caber melhor na teli­nha, espe­ci­al­mente a Labi­rinth. O número de ini­mi­gos sim­ples aumen­tou tam­bém, mas o jogo ficou cheio de bugs, como os bonus sta­ges onde algu­mas pare­des podem ser atra­ves­sa­das.



Acei­tando as limi­ta­ções do 8 bits, você ainda vai encon­trar um jogo diver­tido, fases bem vari­a­das, com mui­tos segre­dos para se explo­rar e prin­ci­pal­mente uma joga­bi­li­dade leve e fácil. Outro bom des­ta­que, este Sonic é o ÚNICO que traz mes­tre maes­tro e DJ, Yuzo Koshiro na tri­lha sonora. Yuzo ficou famoso pela tri­lha sonora ele­trô­nica com­ple­ta­mente urbana da tri­lo­gia Stre­ets of Rage, pelas com­po­si­ções clás­si­cas em Actri­ser 1 e 2, e os jogos de Shi­nobi. Mais recen­te­mente tra­ba­lho nos jogos do por­tá­til Nin­tendo DS 7th Hea­ven e Cas­tle­va­nia Por­trait of Ruin. Sabendo tra­ba­lhar com dife­ren­tes esti­los musi­cais, Yuzo sem­pre se adapta ao tema do jogo, e com Sonic ele resol­veu man­dar Jazz e Blues, sem­pre se adap­tando ao visual da fase, com uma musica mais tro­pi­cal em Jun­gle ou um tema mais mis­te­ri­oso em Labi­rinth. Assim como fez no Mega Drive, os canais de som do Mas­ter Sys­tem, nor­mal­mente pouco tra­ba­lha­dos, foram leva­dos ao seu limite, cri­ando algu­mas das com­po­si­ções mais belas já vis­tas no con­sole.


O Sonic de 8 bits não teve o mesmo impacto dos 16 bits é claro, mas ainda assim é um belo tra­ba­lho, na minha opi­nião a melhor apa­ri­ção do mas­cote no Mas­ter, um jogo que fica na memó­ria das fãs, e é capaz de agra­dar até aos fãs nova­tos do ouriço, ape­sar da simplicidade.